De reativo a proativo
Alejandro Pezzini
Desde a fundação da Perfumeland, em 1995, por Pablo Rosemberg, que teve a brilhante visão de um nicho de mercado ainda não explorado, o grande crescimento do nosso grupo teve o turismo como pilar fundamental.
Enquanto você sempre procura planejar estrategicamente para possíveis flutuações de mercado, creio que ninguém jamais imaginou ou teve um planejamento estratégico para total interrupção dos seus negócios do dia pra noite. Quase que uma cena de um filme apocaliptico.
Por necessidade financeira real ao curto prazo, aos meus olhos, a capacidade de resposta organizacional ao COVID-19 neste mercado tem sido amplamente reativa, muitas vezes devido à falta de recursos.
Inicialmente, nós tomamos decisões extremamente difíceis baseadas, antes de tudo, em lógica e razão, com o intuito de proteger a integridade financeira do grupo. Essas decisões incluiram não somente a redução do quadro funcional devido ao fechamento temporário do comércio, mas também ao fechamento permanente de algumas linhas de negócios que determinamos como comprometidas.
Posteriormente, buscamos desenvolver proativamente respostas estratégicas aos desafios de negócios relacionados ao COVID-19. À medida que passamos de uma abordagem reativa para uma proativa para lidar com o COVID-19, fizemos as seguintes perguntas:
• Primeiro, se teriamos a capacidade de oferecer, via plataformas online, versão de nossos produtos ou serviços. Minha perspectiva é que online tornou-se o equivalente mais próximo de um ambiente “normal” de negócios na atual conjuntura.
• Segundo, de que maneira poderíamos otimizar nossa produtividade através de nossa infraestrutura existente, para produzir atendendo a uma nova demanda? Esta questão se tornou especialmente relevante para o nosso grupo devido à redução do poder aquisitivo do consumidor. Buscamos não somente ajustar nossa operação ao atual momento, mas já visualizando estrategicamente além da crise, futuras mudanças nas necessidades e hábitos dos consumidores.
• Terceiro, como aumentar rapidamente nossa capacidade de produzir? Recorremos a parcerias com outras empresas para complementar deficiências.
Respondendo a essas perguntas, abrimos um caminho para trilhar a crise atual e, também nos permite visualizar um pouco mais a frente em quais alterações serão necessárias para nos adaptarmos atendendo novamente ao mercado que nos trouxe até o presente e abraçar novas oportunidades.